julho 01, 2008

Refugiados palestinos

Refugiados palestinos reclamam das condicoes de vida precarias e querem deixar o Brasil


Farok Mansur, 60 anos, diz que precisa se mudar para um país onde possa ser submetido a uma delicada cirurgia na coluna. "Eles me deram um travesseiro de criança e um cobertor muito fino. A casa (em Mogi das Cruzes, São Paulo) é velha, tem mofo e insetos. Eu tenho diabetes e hipertensão.

Os motivos são variados, mas o objetivo é o mesmo.

Os palestinos que estão acampados em frente à sede do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados no Brasil (Acnur), em Brasília, querem mudar para outro país.

O grupo que tinha nove homens passou a ter oito depois que um deles voltou para o Rio Grande do Sul. Outros dois também haviam decidido voltar para São Paulo esta semana, mas o ônibus em que viajavam foi assaltado e eles voltaram para Brasília. "Não sei mais se eu vou querer ir para lá.

O choque foi muito grande", disse um dos palestinos assaltados, que preferiu não se identificar. "Eu fiquei só com a roupa que estou usando. Levaram todo o resto: dinheiro, documentos, até o maço de cigarros, que não vale nada, levaram".

Os palestinos que protestam em frente ao Acnur fazem parte do grupo de pouco mais de cem que foram reassentados no Brasil no final do ano passado, vindos do campo de Ruweished, no deserto da Jordânia, onde ficaram depois de fugirem do Iraque por sofrerem perseguições após a queda de Saddam Hussein.

Os que querem agora deixar o Brasil alegam que as promessas feitas ainda no campo da Jordânia não foram cumpridas em território brasileiro.

"Quando tentamos falar com a ONG (Organização não-governamental) em Santa Maria, dizem que não têm tempo para nos receber. Pediram-me para escrever os problemas em uma carta e mandar para eles".

Não quiseram ouvir. Eu mandei várias cartas para o Acnur dizendo como a ONG lida conosco, mas eles também não ouviram", acrescenta.

Para Mustafá, o problema pode ser a "falta de experiência brasileira em receber refugiados.

Saibam muito mais

UOL Noticias

Nosso povo, ja vive num sufoco grande, como e que o governo aceita receber refugiados, sem o minimo conhecimento de causa e estrutura, coitado deste pessoal, tendo ainda, a lingua como obstaculo.

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