março 27, 2012

Quando Thor encontrou Wanderson


Thor

Os dois têm, em comum, o nome estranho e improvável e a nacionalidade brasileira.

O resto são diferenças que jamais os levariam a se encontrar. Thor, 1%, para usar a expressão consagrada no protesto Ocupe Wall St, anda num carro de quase 3 milhões de reais, uma McLaren. As multas por excesso de velocidade que Thor recebeu no período “probatório”, em que o motorista é testado logo depois de receber carteira de motorista, deveriam tê-lo impedido de dirigir. Mas regras no Brasil não costumam ser aplicadas para o 1%. A família de Thor tem dinheiro e as conexões que isso traz: não há muito tempo, o governador do Estado tomou carona no helicóptero do pai de Thor, um homem cuja maior ambição não é ser o homem mais sábio do mundo, ou o mais feliz, ou o mais generoso — e sim o mais rico, um recordista de moedas.

Wanderson é o 99%. Bicicleta em vez de McLaren, e não por modismo ou por consciência ecológica. Simplesmente por necessidade. Feio por não ter a boniteza outorgada pelo dinheiro: não poderia comprar o corpo de jogador de rugby adquirido por Thor com duas horas de exercícios diárias, e nem as roupas, e nem os produtos de beleza. Pobre não pode aspirar a grandes feitos estéticos, e nem pequenos, para ser franco.

Wanderson

Contra todas as probabilidades, Thor e Wanderson, com suas vidas paralelas e opostas, acabaram se encontrando na noite de sábado, numa estrada. Foi um encontro rápido. Thor em sua McLaren e Wanderson em sua bicicleta. Thor mal viu Wanderson. Salvo em circunstâncias excepcionais, os 99% são invisíveis.

No final da reunião relâmpago, Wanderson estava em pedaços, destruído pela McLaren. A imprudência, segundo o pai de Thor, foi de Wanderson. Não há surpresa nisso porque no Brasil a culpa sempre foi dos 99%.

E agora Thor retoma sua vida de herdeiro enquanto Wanderson lentamente vai desaparecendo de nossas mentes e de nossas conversas até ser devolvido à miserável invisibilidade em que esteve imerso até o breve encontro de sábado à noite.

 Diario do Centro do Mundo


O pai fala que o cicilista estava alcoolizado, isto eh um fato grave.

A mae quer ser solidaria com a familia do morto, porque nao?

Mas os pais nao falam (mesmo que da boca para fora) que o filho deles, nao mais ira dirigir, ate que amadureca e tenta consciencia que vidas, sao importantes, mesmo que "pobres"!!


Paris Hilton, herdeira ou faz parte da familia herdeira do Hilton, foi presa em 2007.

Nao se sabe como, conseguiu,  liberdade condicional.

 Um dia apos, outro juiz enfiou ela na cadeia novamente.

 A familia rica dela, nao pode fazer nada, a lei teve que ser mantida.

Leia abaixo

http://www.eunanet.net/beth/news/topicos/paris_hilton.htm


Porque no Brasil, nao se faz o mesmo?

Que esperam os pais, super protegerem os filhos desta forma?

Lamentavel!! Mas, 1% ... tem passe livre, eles podem.

2Fizeram tchbum

Fernanda disse...

Lamentável desfecho, assim como tantos outros que já vimos no nosso Brasil.
Uma pena tanta impunidade, uma pena vidas ao vento pela frouxidão de nossas leis, uma pena a permissividade dos pais.

Jôka P. disse...

Não tenho filhos, mas se tivesse os defenderia em todas as circunstâncias.

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