Valério recebe, aos 85, diploma de Direito
Paulista gradua-se hoje na Ulbra (RS)
A formatura de uma turma de Direito da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas, na Grande Porto Alegre, será um momento especial para Valério Galeazzi. Aos 85 anos, ele se tornará hoje uma das pessoas mais velhas a completar um curso superior no País. Será homenageado por colegas, professores e pelos 5 filhos, 12 netos e 9 bisnetos num fim de semana que promete mais festa no domingo, quando completa 86 anos. Passadas as comemorações, ele retomará os estudos, em casa, para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no dia 20. Caso seja aprovado, conquistará o direito de exercer a profissão de advogado. Não vou abrir escritório, mas estarei apto a pegar causas, atender a solicitações", anuncia, avisando que tem alguma predileção pelo direito trabalhista. A disposição do futuro advogado surpreende os colegas desde que ingressou na universidade, em 2002. "Ele chegava cedo às aulas, é dedicado, tem uma memória maravilhosa e virou um exemplo para os outros alunos por sua integridade e ética", elogia a também formanda Vanessa Mänsson, de 38 anos, que acabou se tornando amiga pessoal de Galeazzi. Natural de São Paulo, ele mora no Rio Grande do Sul desde 1949, onde foi técnico contábil. Em 2000, ficou viúvo de Dorvíria Amaral e começou a se sentir "sem destino". Mas seu neto Eliel Silva, que sabia de seu sonho de juventude de cursar Direito, incentivou-o a fazer o vestibular da Ulbra, aproveitando um programa da universidade que oferece desconto de 50% na mensalidade para idosos. Galeazzi topou o desafio e voltou aos bancos escolares, pagando cerca de R$ 600 por mês. "Valeu a pena", ensina. Às vésperas de receber o canudo, aconselha quem tem mais de 65 a se manter ocupado. "Sugiro que todos procurem o saber e o conhecimento para se renovar. "O coordenador do curso, Maurício Góes, elogia a disposição do formando. "Ele serve de exemplo para os mais jovens."
Estadao
Parabens Valerio e familia, grande exemplo para algumas pessoas mais jovens que nao valorizam o estudo e vivem reclamando.
Fazer tchbum
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