Psicanalista Michel Schneider relata relação da estrela com analista acusado de ‘facilitar’ sua morte
A madrugada de 4 para 5 de agosto de 1962, o telefone soou na casa do psicanalista Ralph Greenson, em Los Angeles.
Um fato até corriqueiro, uma vez que ele era o médico das estrelas, tratando de artistas como Peter Lorre, Vivien Leigh, Tony Curtis, Frank Sinatra, Vincente Minnelli e Marilyn Monroe, que era o assunto da ligação daquela noite.
Greenson recebeu um pedido alarmante de uma empregada da casa de Marilyn, preocupada por ela não atender a seu chamado.
Schneider, assim como seus personagens principais, não acredita na hipótese única de suicídio.
Em seu livro, ele mostra como Greenson, ao descobrir o corpo desfalecido da atriz, chama primeiro o médico Hyman Engelberg, que também tratava de Marilyn, receitando-lhe, muitas vezes, calmantes.
A polícia só é avisada pouco antes do amanhecer, quando Engelberg telefona para o delegado de plantão da chefatura de Purdue Street, comunicando que Marilyn Monroe havia se suicidado.
"Os médicos não acreditavam, de fato, nessa versão mas sabiam que a casa da atriz estava recheada de microfones, daí a prudente decisão de anunciar o suicídio."
Marilyn tivera um caso com John e Robert Kennedy, o que tornou sua existência arriscada.
A complicada relação entre médico e paciente envolvendo nomes glamourosos do cinema fascinou o psicanalista e crítico literário francês Michel Schneider que, depois de muitas pesquisas, escreveu;
Marilyn - Últimas Sessões, que a editora Alfaguara lança neste início de semana (tradução de Vera Lúcia dos Reis, 432 páginas, R$ 54).
"Trata-se de uma história ao mesmo tempo banal e excepcional", comenta Schneider, que preencheu com ficção as lacunas ainda existentes na investigação da morte da atriz.
Fazer tchbum
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