novembro 14, 2007

Baile da Ilha Fiscal



Sobre a Proclamacao da Republica, ja sabemos, mas pouco sabem que uma 9 dias antes, D Pedro II, fez uma festa de arromba na Ilha Fiscal, uma festa milionaria e com requintes de rei mesmo.

Breve resumo da Proclamacao

Movimento politico-militar que acaba com o Brasil imperial e instaura no pais uma Republica federativa. A Proclamacao da Republica e feita pelo marechal Deodoro da Fonseca no dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro.
O ultimo abalo da monarquia e o fim da escravidao, em 13 de maio de 1888. O imperio perde o apoio de escravocratas, que aderem a Republica. Liderados pelos republicanos historicos, civis e militares, conspiram contra o imperio. Comandante de prestigio, o Marechal Deodoro da Fonseca e para comandar o golpe.
A 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, a frente de suas tropas, o militar proclama a República. O antigo regime nao resiste, mas tambem nao ha euforia popular. Dom Pedro II e a familia real embarcam para Portugal dois dias depois. Deodoro da Fonseca assume a chefia do novo Governo Provisorio.

Baile da Ilha Fiscal


Vejam so. A roubalheira do dinheiro publico no Brasil e tradicao.
Nem todos que ja ouviram falar do ultimo baile da monarquia na Ilha Fiscal tem ideia do rombo que causou aos cofres publicos e nem do impacto social e politico que representou para o pais.
Nem todos os brasileiros sabem que um baile patrocinado com dinheiro da seca derrubou um monarca.
O baile foi promovido por Pedro II, em 9 de novembro de 1889. Foi uma festanca que durou seis dias, para mais de 2000 pessoas.
Sei que se fosse hoje, nao desejariamos participar daquela orgia. Ou melhor, hoje desejariamos que ela nunca tivesse acontecido. Mas, de qualquer forma, e bom saber.
Os absurdos da festanca:
Os estoques das lojas de roupas finas no Rio logo se esgotaram. Setenta e duas horas antes nao havia mais vagas no saloes de cabeleireiros. Muita mulher ficou tres dias sem tomar banho e dormindo sentada para nao desmanchar o penteado.
48 cozinheiros trabalharam durante 3 dias inteiros para servir os convivas, servidos por 150 copeiros.
O cardapio incluia pecas inteiras de caca e pesca, alem de uma infinidade de aves exoticas, inhambus, faisoes, macucos. Foram consumidos 188 caixas de vinho, 80 caixas de champagne e dez mil litros de cerveja, alem de licores e destilados; 800 kg de camarao, 1.300 frangos, 500 perus, 64 faisoes; 1.200 latas de aspargos; 20.000 sanduiches; 14.000 sorvetes; 2.900 pratos de doces. A imprensa da epoca relatava o brilho e o ruge-ruge das sedas, os colos salpicados de brilhantes, safiras, esmeraldas e os diademas rutilantes dos penteados. A Ilha foi enfeitada com baloes venezianos, lanternas chinesas, vasos franceses e flores brasileiras. Depois da esbornia, pela manha, o pessoal da limpeza encontrou 37 lencos, 24 cartolas e chapeus, 8 raminhos de corpete, 3 coletes de senhoras e 17 ligas.
E todas as fotos feitas na festa desapareceram.
O cozinheiro frances de nouvelle cousine, Laurent Suadau, responde no livro - um livro editado sobre o evento - pelo capitulo do cardapio servido nessa unica noite, destacando a exuberancia dos pratos, ornados com flores e frutas exotica, que em tudo combinavam com o estilo mourisco da Ilha Fiscal, foram cometidos alguns excessos nas bebidas.
As noticias dizem que foram consumidas 12 mil garrafas de vinhos de diversas procedencias, prevalecendo os do Porto e Algarve. Isso significa de duas a tres garrafas para cada convidado, sem contar as 200 caixas de champanhe francesa.
De onde saiu o dinheiro gasto na festança: 100 mil contos de reis foram retirados do ministerio de Viacao e Obras Publicas que seriam destinados a socorrer flagelados da seca no Ceara.
A republica foi proclamada seis dias depois da festanca, que derrubou D. Pedro


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