Crianças Refugiadas em Moçambique: Um drama na África,
livro de Grace Olsson
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Texto de apresentação do livro escrito por Irmã Rosita Milesi, Advogada, Membro da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos (Scalabriniana), Mestre em Migrações, Diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), membro da Equipe interdisciplinar do Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios.
"Após a Segunda Guerra Mundial, diante dos horrores provocados por aquele conflito, a humanidade assumiu um firme compromisso pela defesa da dignidade e dos direitos fundamentais de cada ser humano. Acreditava-se que não seriam mais toleradas situações que pudessem gerar novos Auschwitz.
Criou-se a ONU e, com ela, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DHDU), imediatamente assinada por um grande número de países.
Mas, como acontece com frequência, esse firme propósito estabeleceu-se no patamar da ilusão ou, para não exagerar no pessimismo, não conseguiu se manter firme por muito tempo. Assim, no decorrer desses 60 anos que nos separam da criação da DHDU, novos Auschwitz aconteceram e continuam acontecendo.
Diferentemente do primeiro, essas novas barbáries, às vezes, permanecem ocultas ou esquecidas. Não são manchetes de jornais ou, por vezes, são engolidas pela indiferença geral ou pelo consumismo efêmero da informação.
Entre tais situações, há sem dúvida o drama de milhões de refugiados e refugiadas que, ainda hoje, vagam pelo mundo em busca de um lar, de um chão amigo onde possam viver com dignidade e realizar seus sonhos.
A realidade das pessoas coagidas a fugir da própria terra porque perseguidas é tão dramática que pode ser considerada, conforme Mieth, a “nossa Auschwitz”.
A situação é dramática, sobretudo na África, um continente empobrecido,
esquecido e abandonado, exceto quando se trata de ser explorado e depredado de suas riquezas.
A maioria dos refugiados e refugiadas africanos costuma fugir para países limítrofes, que raramente possuem condições mínimas para garantir uma vida digna e o respeito dos direitos fundamentais das pessoas que ali se abrigam.
Ainda mais grave é a situação de crianças e adolescentes: por serem seres em desenvolvimento, eles pagam em dobro os traumas da perda de familiares e dos referenciais identitários básicos para o próprio crescimento saudável.
São pessoas frequentemente condenadas a renunciar aos próprios sonhos e conviver com constantes pesadelos.
Grace Olsson, neste texto, a partir de pesquisa bibliográfica e, sobretudo, da experiência direta no Campo de refugiados de Maratane em Moçambique, busca “des-mascarar” – no sentido etimológico de tirar a máscara – a realidade dramática de milhares de refugiados e refugiadas, focando seu olhar e atenção às crianças.
A grande riqueza deste livro é o olhar, a perspectiva que olha os refugiados não como simples objetos de estatísticas e pesquisas, mas enquanto seres humanos e sujeitos de direitos.
A escolha das crianças e adolescentes como foco específico revela uma evidente opção pelos segmentos mais frágeis entre os refugiados que, por sua vez, podem ser corretamente considerados como os mais vulneráveis entre os vulneráveis.
A leitura das páginas que seguem não representa apenas um caminho de informação sobre uma realidade encoberta, mas, sobretudo, um precioso instrumento que conscientiza e fomenta um compromisso mais firme em prol dos direitos humanos, não apenas das pessoas próximas, e sim, de cada ser humano, independentemente de nacionalidade, idade, cor, sexo, religião ou ideologia."
Sobre a autora:
Grace Olsson, nasceu em Alagoas, é formada em Ciências Jurídicas e pesquisou durante dois anos a vida da crianca refugiada na África, onde visitou 47 paises africanos e sete campos de refugiados (Namibia, Angola, Ruanda, Mocambique, Zimbábwe, Swazilnadia e Lesotho).
Tem dois filhos naturais e mora com o marido e filhos em Västerås, Suécia.
Assumiu responsabilidades com 8 criancas Ruandesas que vivem no Campo de Refugiados de Moçambique.
Trabalha como fotógrafa e continua pesquisando sobre a vida dos refugiados.Desta feita na Suécia, onde pretende fazer Mestrado em Ações Humanitárias.
Desde muito cedo trabalha com ações humanitárias, em movimentos religiosos no Brasil, onde sua mãe fazia parte de congregaçõess religiosas.
A causa da crianca refugiada é um remédio para Grace, que depois de sofrer um AVC, viu em cada uma delas uma forma de superar seus desafios. Vê cada uma como se fosse filho.
" Impossível conviver com a crianca refugiada e achar que outras sofrem mais que elas. Acredito que a solução para esse mundo caótico é investir na criança. Pois apenas nelas estão concentradas as condiçõess de mudanças da sociedade em que vivemos.Acredito que o Mundo tem jeito apenas se o ser humano se doar mais. Do contrário, todas as tentativas serão em vão.Conviver com os refugiados africanos foi um divisor de águas na minha vida. Pois à partir do primeiro dia em que me deparei com eles, meu mundo mudou.Eu perdi o apego aos bens materiais e aprendi a conviver com as dificuldades da vida com mais sobriedade. Afinal de contas, nenhum sofrimento que eu tenha passado se compara ao que aquelas criancas famintas, sem esperanças vivem diariamente quando o sol nasce e se pöe e nada de novo acontece."
Entre em contato com a autorar:
graceolsson@editoranovitas.com.br
Sonhar, para a criança refugiada é um verbo conjugado sempre no presente de forma dúbia e embaçada de cenas em preto e branco e com as cores do arco-íris que somente as mentes infantis são capazes de criar.
Se navegar é preciso no mundo dos adultos, no mundo infantil da criança refugiada, SONHAR é o melhor remédio para a cura de males que um dia, quiçá, deverão ficar para trás.
Trecho do livro "Crianças refugiadas em Moçambique: Um drama na África".
* O livro Crianças Refugiadas em Moçambique: Um drama na África custa R$ 22,00.
Para adquirir entre em contato pelo e-mail: contato@editoranovitas.com.br
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