fevereiro 15, 2007

Atras do trio so vai quem pode pagar



Em entrevista exclusiva a Carta Maior, o professor Climaco Dias explica como a hegemonia dos blocos particulares, com segregacao e exclusao, acabou com a festa popular mais famosa do Brasil.

Carlos Gustavo Yoda – Carta Maior*

As horas passam. E corre o relogio em contagem regressiva no portal eletronico do Carnaval de Salvador 2007 (
http://www.carnaval.salvador.ba.gov.br/ ).
“O coracao do mundo bate aqui / Feliz de quem pode escutar / Minha cidade e sua / Pode vir”, canta Daniela Mercury o hino deste ano de um dos carnavais mais conhecidos do mundo.

Só que a historia do “pode vir, pode chegar” nao e bem assim.
Desde os anos 90, com a explosao da Axe Music, os tradicionais trios eletricos que democratizaram e popularizaram a festa nos anos 60 e 70 acabaram tornando-se um negocio milionario que atraiu grandes tubaroes da producao e do marketing cultural.

Para cair nessa folia, e preciso ter dinheiro. Um pacote de um camarote famoso para tres dias de brincadeira chega a custar mais de R$ 2 mil, com direito a foliar com DJ Marky e Fat Boy Slim (ah.. assim, sim).
Pular na rua tambem custa caro: o Camaleao, um dos mais conhecidos, nao sai por menos de R$ 840 o abada.

Este ano, a prefeitura chegou a organizar um pequeno ‘Camarote do Povo’ (os ingressos sao trocados por quilos de alimentos), mas que deve atender apenas a 400 brincantes, e nao esta no roteiro dos grandes destaques da folia.
Assim acontece a maior festa popular do Brasil: excluindo.

Fonte: Carta Maior e Cultura e Mercado
Leia abaixo texto completo

ai ai ai

Fazer tchbum

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