fevereiro 23, 2007

Exposicao de corpos humanos


Exposição na Oca traz corpos humanos reais "plastificados"
Uma semana após o fim do Carnaval, será inaugurada na Oca do parque Ibirapuera uma exposição com cadáveres de verdade. Polêmica, "Corpo Humano: Real e Fascinante" abre para o público em 1º de março com ingresso salgado: R$ 30.

Exposição abre para o público dia 1º de março; veja mais fotos

A mostra estará no primeiro andar da Oca, que receberá em seu subsolo, na mesma época, a exposição "Leonardo da Vinci - A Exibição de um Gênio".

Quem comprar ingresso para um terá desconto de 20% no outro evento."Corpo Humano: Real e Fascinante" terá em São Paulo 16 cadáveres de homens e mulheres e 225 órgãos dissecados.

Nova York, foram 22 corpos, incluindo fetos, e 260 órgãos.

Inglaterra, Coréia do Sul, México e Holanda já abrigaram a exposição, criada por Roy Glover, professor de anatomia e biologia celular da Universidade de Michigan.

Tecidos dos cadáveres passaram por processo especial; veja galeria

Os tecidos dos cadáveres passaram por um processo que lhes deu aparência e textura de plástico.

Chamado polimerização, o procedimento foi supervisionado por Glover (também diretor-chefe do Laboratório de Preservação Polímera da universidade) e realizado em diversas etapas.Os corpos foram inicialmente embalsamados para preservação dos tecidos. Depois passaram por uma desidratação por imersão em acetona.

A substância preencheu o corpo no lugar dos líquidos corporais e foi posteriormente eliminada como vapor em uma câmara a vácuo. Em seu lugar, foi aplicada uma solução de polímeros em silicone líquido.

A finalização do processo se deu com a aplicação de um composto que enrijece o silicone, dando aos tecidos uma consistência plástica.

O procedimento permite selecionar as cores desejadas para cada parte do corpo, que se torna inodoro, e garante longa durabilidade aos tecidos.Setores

Mostra criou polêmica no exterior; confira galeria de fotos

PolêmicaNo exterior, a utilização de corpos humanos em uma exposição não foi o único motivo para polêmica. Houve discussões sobre a origem dos cadáveres, fornecidos pela Escola Universitária de Medicina de Dalian (norte da China).

Chegaram a ser levantadas especulações, nunca comprovadas, de que os corpos seriam de criminosos executados.

Os organizadores afirmam que os corpos são de pessoas que tiveram morte natural e em vida optaram por participar de um programa de doação em benefício da ciência e da educação na China.

Folha Online

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