janeiro 05, 2007

BBB é a festa do hipercapitalismo, diz crítico



















Quando o holandês John de Mol criou a
fórmula do Big Brother teve como base
um projeto científico americano do
início dos anos 90 chamado "Biosfera 2",
em que um laboratório foi construído no
Arizona, totalmente isolado do exterior.
A meta era criar um ambiente auto-suficiente,
em que os moradores pudessem sobreviver.
O projeto fracassou. Em contrapartida, a
versão desenvolvida por De Mol virou febre
em todo o mundo, gerando discussões
controversas.
Para o jornalista, crítico,
diretor de televisão e presidente da
Associação Brasileira de Televisão
Universitária, Gabriel Priolli, é impossível
negar o sucesso da fórmula de De Mol e
outras do mesmo gênero.Priolli acredita
que o que leva o telespectador a assistir a
esses programas é a mera curiosidade.
"É equivocado pensar que o voyeurismo
sexual é a motivação principal do público.
O BBB e os outros reality shows brasileiros
são, em geral, pudicos e há menos sexo
neles do que nas novelas das sete."Ele
critica a visão moralista de algumas pessoas
em relação ao Big Brother: "O BBB e
similares têm impacto em todas as faixas
etárias e são vistos na sala de estar".
E destaca: "O Big Brother terá de ser
renovado para sobreviver e pode-se pensar
em uma forma de torná-lo mais rico.
Mas certamente surgiram mais e mais
variantes do gênero. Reality shows são
o produto de ponta da cultura
globalizada. São a festa do hipercapitalismo".
Conteúdo .
A psiquiatra e especialista em Medicina
do Comportamento Ana Beatriz B. Silva,
autora de livros como "Sorria, Você Está
Sendo Filmado" e "Mentes Com Medo",
destaca que as edições diárias trazem
mensagens implícitas.
"Mas a grande mensagem que o público
em geral, talvez,ainda não tenha
percebido, é a de que não
basta a fama instântanea para garantir
o sucesso, é preciso conteúdo".
Ana Beatriz acredita que chegou o
momento de o BBB transcender as
limitações e começar a destacar valores
morais importantes. "Seria fantástico
aproveitar a audiência e abrir para
perguntas, por exemplo, sobre o
que é certo ou errado em relação ao
comportamento dos participantes".
Fonte: Gazetaonline/caderno 2
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